domingo, 4 de outubro de 2009

Como as indústrias vem o Meio Ambiente ?

As indústrias brasileiras estão conscientes da necessidade de adotarem práticas de gestão ambiental e pretendem ampliar seus investimentos destinados à proteção do meio ambiente. Não obstante, a grande maioria das empresas vem enfrentando dificuldades na relação com os órgãos ambientais face à necessidade de se cumprir exigências ambientais por vezes inadequadas sob o ponto de vista da aplicabilidade técnica e dos aspectos de sustentabilidade econômica.

Das questões abordadas nesta Sondagem Especial, voltadas para aferir o processo de licenciamento ambiental e a relação empresa e órgãos público da gestão ambiental, destacam-se: os problemas relativos aos prazos para análise e deliberação das licenças, os custos elevados de todo o processo e o grande número de requisitos solicitados. Adicionalmente, a Sondagem investiga o comportamento da empresa frente aos procedimentos da autogestão ambiental e os investimentos em proteção do meio ambiente realizados em 2003 e previstos para 2004.

Para saber mais acesse: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/artigos/a_industria_e_o_meio_ambiente.html




terça-feira, 29 de setembro de 2009

Embalagens Refil: fique de olho nessa nova onda!

O grande desafio mundial de diminuir o impacto ambiental começa a ganhar contornos mais definidos com as embalagens refiláveis, entre outras soluções renováveis. Grandes empresas de produtos de limpeza, de cosméticos, produtos de maquiagem e produtos de higiene, com suas embalagens plásticas passam a aderir ao movimento em busca de soluções de menor impacto ao meio ambiente. De outro lado fornecedores de embalagens buscam tecnologias e design diferenciado para atender a este mercado. Quem sai ganhando é o consumidor, que está pagando menos por refis de embalagens mais sofisticadas, minimizando o impacto econômico, ecológico e até emocional, na medida em que ele se sente menos culpado pelos estragos que o seu consumo possa causar ao meio ambiente.

“Os materiais empregados devem ser os mais baratos possíveis a fim de atingir o objetivo de uma embalagem mais econômica. Os mais utilizados são o PE e PP facilmente recicláveis. Em geral as dificuldades estão em produzir peças com paredes finas”, diz Jefferson Pelissaro, responsável pela área de desenvolvimento da Ab Plast.

No Brasil, quem saiu na frente foi a Natura em 1983 quando introduziu no mercado sua embalagem refilável para o sabonete de erva-doce, com o conceito ecologicamente sustentável dos 3Rs – redução, reutilização e reciclagem.

Na prática aumentou a vida da embalagem e vantagem econômica para o consumidor, que aceitou bem a idéia. Dados disponíveis mais recentes da empresa constatam que 19,8% do faturamento da empresa em 2006 veio da venda de refis. “E esse número vem crescendo, mesmo nas vendas internacionais”, diz Luciana Villa Nova, gerente de Desenvolvimento de Embalagem da Natura, que constantemente estimula suas consultoras de beleza a atuarem como multiplicadoras dos conceitos de responsabilidade socioambiental e consumo consciente.

Para a empresa o custo dos refis fica entre 20 e 30% do valor do produto regular. “Calculamos o custo do produto, da embalagem, dos recursos humanos para o processo industrial e depois a margem. Às vezes não é tão barato e acaba custando um pouco mais, mas mantemos no cálculo esse custo de 20%, porque o consumidor se sente valorizado”, afirma a gerente.

Para o meio ambiente todo ganho é sempre bem vindo. O refil consome em média 30% menos recursos naturais do que a embalagem regular, de acordo com a Natura, que tem atualmente 146 produtos em linha com embalagens refiláveis, entre as linhas Ekos, de produtos para o corpo com ativos da biodiversidade brasileira, as linhas de maquiagem Natura Diversa e Faces, a linha corporal e também facial Erva Doce, entre outras. Os materiais vão de alumínio reciclável, potes e canecas com rosca, sombras em tabletes e frascos em PET 30% reciclável.

De acordo com cálculos da Natura o refil da base corretiva, com impacto ambiental 72% menor que a embalagem regular. O refil do blush também tem a mesma redução. O do batom impacta 71% menos o meio ambiente, enquanto no refil do duo de sombra essa redução é de 68% com tabletes em alumínio totalmente recicláveis.

“A situação ideal seria utilizar materiais recicláveis e biodegradáveis. No entanto, a dificuldade dos biopolimeros - polímeros de origem vegetal – é que eles são uma tecnologia recente, que o mundo todo está estudando, assim como nós. Há muitos desafios ainda”, diz Luciana Villa Nova.

A americana Avon, concorrente da empresa em venda direta no país, acaba de lançar a linha liiv botanicals, com dois produtos que oferecem refis para as consumidoras, em concordância com o posicionamento da linha: o Gel Facial Revitalizante Noite, e o Creme Facial Revitalizante FPS20 Dia, ambos com o preço regular de R$32,00 e refil por R$ 22,00.

Não é a primeira linha de produtos da empresa a oferecer refis aos consumidores. O sabonete cremoso da linha Erva Doce e a base compacta de múltipla ação da linha de Maquiagem Avon também oferecem refis. “É uma maneira de gerar mais acessibilidade dos consumidores aos produtos, uma vez que a Avon busca a democratização da beleza”, diz Ricardo Patrocínio, diretor de Marketing de Cosméticos da Avon Brasil.

A franqueadora paranaense O Boticário também oferece produtos com refil aos seus consumidores desde 1999, com a linha de Tratamento Facial da marca. “A opção foi para permitir ao consumidor que continuasse utilizando o produto, despendendo menos recursos do que com uma nova embalagem completa e para a redução do consumo de material e conseqüente diminuição do impacto ambiental”, diz Renata Barini – Gerente de Desenvolvimento de Embalagens do Boticário.

A empresa utiliza refis para a linha de tratamento facial VitActive com canecas para os potes e na Linha de Maquiagem o Boticário, com bandejas de sombras que podem ser montadas na embalagem principal e o blush Soft Blush acaba de ser apresentado em embalagem refilável, seu preço regular é de R$ 63,90. O refil custa R$39,90.

“As embalagens refiladas, especialmente para a maquiagem proporcionam ainda grande agilidade nos lançamentos sasonais do Boticário e permitem ainda que as consumidoras estejam sempre atualizadas com as cores das estações”, ressalta Renata Barini.

Da mesma forma a alemã ArtDeco que traz sua linha de maquiagem ao país, oferece, desde a sua fundação em 1985, sombras, blush, base (Doublé Finish) e pós em embalagens cujo conteúdo vem em pastilhas magnéticas que podem ser trocadas, conforme o gosto e a necessidade do consumidor. A marca tem embalagem para até 10 tonalidades refiláveis de sombras.

“As embalagens acabam tendo uma vida útil maior porque conseguimos aproveitar o conjunto muito mais. Num produto convencional os produtos terminam e a embalagem é jogada fora”, diz Claudia Duarte, gerente da marca ArtDeco, da Frajo, distribuidora da marca no país. De acordo com ela o consumidor final economiza até 30% com a embalagem refil. “O segundo ponto é a customização, com produtos cada vez mais feito sob medida. O atendimento das necessidades de cada mulher é um dos princípios que direcionam o conceito da marca”, ressalta Cláudia.

Fornecedores

São as grandes empresas que vem desafiando o mercado de fornecedores de embalagem a desenvolver e a produzir cada vez mais e com maior tecnologia embalagens refiláveis.

Com fábrica no país há menos de cinco anos, a Rexam produz embalagens refiláveis para Natura e Boticário. Para ambas a empresa produz embalagens refiláveis de maquiagem. Um dos destaques da empresa foi o desenvolvimento do batom refilável da Natura. "Nesse caso, o próprio mecanismo montado com a bala do batom é utilizado como refil", diz Alexandre Trimigliozzi, coordenador de contas da Rexam do Brasil. O outro é a embalagem da base líquida um frasco plástico que é montado e desmontado sob uma capa rígida no formato de um frasco, sem fundo.

A empresa produz quatro tipos de embalagem refilável: click, que tem como referência tampas de baterias dos controles remotos; interferência, quando duas peças são montadas utilizando-se as diferenças dimensionais entre as áreas que irão se encaixar, ou seja, a peça com uma região de dimensão maior encaixa-se de forma forçada em outra peça com uma região de dimensão menor e rosca, acoplamento entre duas peças tipo tampa e gargalo de frascos para líquidos e pressão quando duas peças necessitam de força mecânica para serem acopladas uma à outra.

“Na concepção de um refil, as maiores preocupações são a facilidade de transferência do conteúdo, custo e transporte, resultando em modelos específicos para cada caso”, avalia Jefferson Pelissaro, responsável pela área de desenvolvimento da Ab Plast, fornecedora de alguns porta-refil de maquiagem, canecas para potes e tampas para bala do batom para Natura. Os refis podem ser do tipo frasnagas com bico, saches, canecas para potes, insertos para maquiagem, etc. “A diferença está no objetivo, aponta, há também os de paredes mais finas para minimizar custos e facilitar o aproveitamento do conteúdo”.

“Não é complicado. O importante saber no início do projeto, porque já temos ferramentas, formas de encaixar para o público. Normalmente fazemos para não sair, mas quando é refil precisa fazer de maneira fácil a montagem e desmontagem várias vezes”, Maurício Carini Gerente Comercial da Aptar B&H Embalagens MBF Embalagens LTDA.

A Vulcan, fabricante de filmes e laminados de PVC, em embalagens plásticas flexíveis aposta no SoftPack, um sachê confeccionado a partir de bobinas técnicas de filme de PVC, especialmente voltado ao uso como refil para embalagens rígidas de cosméticos. Entre suas características estão a de poupar espaço na estocagem, gôndolas, na despensa do consumidor e no descarte. São ideais para sabonetes líquidos, normalmente comercializados em frascos com válvulas pump, portanto mais caros.

A história dos refis e materiais biodegradáveis está apenas começando e a indústria cosmética deve lançar mão de todos os recursos, disponíveis ou não no mercado, para encontrar sua trajetória para contribuir com a redução do impacto ambiental e ficar de bem com seus consumidores.

Fonte: http://www.cosmeticosbr.com.br/conteudo/materias/materia.asp?id=1609
Autor: Sueli Ortega

domingo, 6 de setembro de 2009

EIA e RIMA, o que são?

O EIA - Estudo de Impacto Ambiental - propõe que quatro pontos básicos sejam primeiramente entendidos, para que depois se faça um estudo e uma avaliação mais específica. São eles:

1 - Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será feito e o tipo de material usado.

2 - Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísisco e/ou sócio-econômico) será modificado pela ação.

3 - Prever possíveis impactos no ambiente e quantificar as mudanças, projetando a proposta para o futuro.

4 - Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no processo de tomada de decisão.

O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio Ambiente. São elas:

1 - Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, levando em conta a hipótese da não execução do projeto.

2 - Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação das atividades.

3 - Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos ( área de influência do projeto), considerando principalmente a "bacia hidrográfica" na qual se localiza;

4 - Levar em conta planos e programas do governo, propostos ou em implantação na área de influência do projeto e se há a possibilidade de serem compatíveis.

É imprenscindível que o EIA seja feito por vários profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto. Esta visão multidisciplinar é rica, para que o estudo seja feito de forma completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.

Já o RIMA - Relatório de Impacto Ambiental - é o relatório que reflete todas as conclusões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e possível de se compreender, ilustrado por mapas, quadros, gráficos, enfim, por todos os recursos de comunicação visual.

Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível ao público. Para isso, deve constar no relatório:

1 - Objetivos e justificativas do projeto e sua relação com políticas setoriais e planos governamentais.

2 - Descrição e alternativas tecnológicas do projeto ( matéria prima, fontes de energia, resíduos etc.).

3 - Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do projeto.

4 - Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da atividade e dos métodos, técnicas e critérios usados para sua identificação.

5 - Caracterizar a futura qualidade ambiental da área, comparando as diferentes situações da implementação do projeto, bem como a possibilidade da não realização do mesmo.

6 - Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relação aos impactos negativos e o grau de alteração esperado.

7 - Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.

8 - Conclusão e comentários gerais.

Deve-se lembrar que a SEMA (Secretaria do Meio Ambiente) fornece o Roteiro Básico para a elaboração do EIA/RIMA e a partir do que poderá se desenvolver um Plano de Trabalho que deverá ser aprovado pela secretaria.


Disponível em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/impacto.htm

sábado, 5 de setembro de 2009

Impacto Ambiental

Impacto Ambiental é a alteração no meio ou em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade. Estas alterações precisam ser quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas.

O objetivo de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o de avaliar as conseqüências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos ou ações, ou logo após a implementação dos mesmos.

Antes de se colocar em prática um projeto, seja ele público ou privado, precisamos antes saber mais a respeito do local onde tal projeto será implementado, conhecer melhor o que cada área possui de ambiente natural (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera) e ambiente social (infra-estrutura material constituída pelo homem e sistemas sociais criados).

O estudo para a avaliação de impacto permite que certa questão seja compreendida: proteção e preservação do ambiente e o crescimento e desenvolvimento econômico.

Muitas vezes podemos encontrar grandes áreas impactadas, ou até mesmo países e estados, devido ao rápido desenvolvimento econômico, sem o controle e manutenção dos recursos naturais. A conseqüência pode ser poluição, uso incontrolado de recursos como água e energia etc.

E também podemos encontrar áreas impactadas por causa do subdesenvolvimento, que traz como conseqüência a ocupação urbana indevida em áreas protegidas e falta de saneamento básico.

Avaliar para planejar permite que desenvolvimento econômico e qualidade de vida possam estar caminhando juntas. Depois do ambiente, pode-se realizar um planejamento melhor do uso e manutenção dos recursos utilizados.


Mais informações?

Disponível em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/impacto.htm.


domingo, 23 de agosto de 2009

Continuação - O que é Compostagem?

Usinas Simplificadas de Compostagem

As usinas simplificadas realizam a compostagem natural onde todo processo ocorre ao ar livre. Nessas unidades, após ser fragmentado em moinho de martelos, o lixo é colocado em montes, denominados leiras, onde permanece até a bioestabilização da massa orgânica, obtida através do seu reviramento, com freqüência predeterminada (por exemplo, no terceiro dia de formação da leira e daí em diante, a cada 10 dias, até completar 60 dias). Uma vez biologicamente estável, o material é peneirado e fica pronto para ser aplicado no solo agrícola.

O pátio de leiras de uma usina deve ser plano e bem compactado, se possível, pavimentado, de preferência com asfalto, e possuir declividade suficiente (2%) para escoamento das águas pluviais e do chorume produzido durante a compostagem. Esses efluentes, que em leiras bem manejadas são produzidos em pequena quantidade, devem receber tratamento sanitário, como, por exemplo, em lagoa de estabilização.

Características do Composto Orgânico

O composto orgânico produzido pela compostagem do lixo domiciliar tem como principais características a presença de húmus e nutrientes minerais e sua qualidade é função da maior ou menor quantidade destes elementos.

O húmus torna o solo poroso, permitindo a aeração das raízes, retenção de água e dos nutrientes. Os nutrientes minerais podem chegar a 6% em peso do composto e incluem o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e ferro, que são absorvidos pelas raízes das plantas.

O composto orgânico pode ser utilizado em qualquer tipo de cultura associado ou não a fertilizantes químicos. Pode ser utilizado para corrigir a acidez do solo e recuperar áreas erodidas.

No dimensionamento do pátio, deve-se prever espaço entre as leiras para circulação de caminhões, pás carregadeiras ou máquinas de revolvimento. E também áreas para estocagem do composto orgânico pronto.

As leiras para compostagem devem ter forma piramidal ou cônica, com base de cerca de 3m de largura ou diâmetro de 2m e altura variando entre 1,50 a 2m.

É IMPORTANTE SABER!!!!

O composto orgânico produzido em uma unidade de compostagem deve ser regularmente submetido a análises físico-químicas de forma a assegurar o padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo governo.

Uma das principais preocupações dos usuários do composto orgânico é a presença de metais pesados em concentrações que possam prejudicar as culturas agrícolas e o consumidor.

Os metais pesados estão presentes em materiais existentes no lixo, tais como papéis coloridos, tecidos, borrachas, cerâmicas, pilhas e baterias. As usinas devem operar preocupadas em eliminar, no lixo recebido, boa parcela desses elementos.
Análises realizadas comprovam que a presença de metais pesados na maioria dos compostos produzidos no Brasil está abaixo dos valores permitidos pelas normas da EPA (Estados Unidos) e da União Européia. O Brasil ainda não conta com norma técnica que estabeleça limites para os metais pesados no composto.

Outro importante fator para tranqüilizar os usuários do composto orgânico é que estudos comprovam que apenas uma pequena parcela dos metais pesados solúveis é absorvida pelas raízes das plantas.

FONTE: http://www.resol.com.br/cartilha8/capitulo12b2.php

O que é Compostagem?

Define-se compostagem como o processo natural de decomposição biológica de materiais orgânicos (aqueles que possuem carbono em sua estrutura), de origem animal e vegetal, pela ação de micoorganismos. Para que ele ocorra não é necessário a adição de qualquer componente físico ou químico à massa do lixo.

A compostagem pode ser aeróbia ou anaeróbia, em função da presença ou não de oxigênio no processo.

Na compostagem anaeróbia a decomposição é realizada por micoorganismos que podem viver em ambientes sem a presença de oxigênio; ocorre em baixa temperatura, com exalação de fortes odores, e leva mais tempo até que a matéria orgânica se estabilize.

Na compostagem aeróbia, processo mais adequado ao tratamento do lixo domiciliar, a decomposição é realizada por micoorganismos que só vivem na presença de oxigênio. A temperatura pode chegar a até 70ºC, os odores emanados não são agressivos e a decomposição é mais veloz.

O processo de compostagem aeróbio de resíduos orgânicos tem como produto final o composto orgânico, um material rico em húmus e nutrientes minerais que pode ser utilizado na agricultura como recondicionador de solos, com algum potencial fertilizante.

Fases da Compostagem

O processo de compostagem aeróbia pode ser dividido em duas fases.

A primeira, chamada de "bioestabilização", caracteriza-se pela redução da temperatura da massa orgânica que, após ter atingido temperaturas de até 65°C, estabiliza-se na temperatura ambiente. Esta fase dura cerca de 45 dias em sistemas de compostagem acelerada e 60 dias nos sistemas de compostagem natural.

A segunda fase, chamada de "maturação", dura mais 30 dias. Nesta fase ocorre a humificação e a mineralização da matéria orgânica.

Fatores que Influenciam a Compostagem

O lixo domiciliar conta naturalmente com os micoorganismos necessários para decomposição da matéria orgânica em quantidade suficiente. E havendo controle adequado da umidade e da aeração, esses micoorganismos se proliferam rápida e homogeneamente em toda massa.

Existem também presentes no lixo micoorganismos patogênicos, como salmonelas e estreptococos. Esses micoorganismos são eliminados pelo calor gerado no próprio processo biológico, porque não sobrevivem a temperaturas acima de 55ºC por mais de 24 horas.

A estrutura dos micoorganismos que atuam na compostagem é formada por aproximadamente 90% de água, por isso o teor de umidade deve ser controlado durante o processo.

No processo de compostagem aeróbia os micoorganismos necessitam de oxigênio para seu metabolismo. Fatores como umidade, temperatura e granulometria influenciam na disponibilidade de oxigênio, e a sua falta resulta na emanação de odores desagradáveis.

O processo de aeração do composto pode ser feito revolvendo-se o material com pás carregadeiras ou máquinas especiais. Em pequenas unidades, este reviramento pode ser feito à mão.

O material reciclável que se encontra misturado no lixo domiciliar pode ser separado em uma usina de reciclagem através de processos manuais e eletromecânicos, conseguindo-se em geral uma eficiência de apenas 3 a 6% em peso, dependendo do tamanho e do grau de sofisticação tecnológica da usina.

De qualquer forma, o material separado em geral é sujo, com terra, gordura e vários outros tipos de contaminantes. Por isso o beneficiamento correto desse material pelas indústrias é muito oneroso.

Na fase aeróbia, quanto maior for a exposição ao oxigênio da matéria orgânica, maior será a sua velocidade de decomposição. Dessa forma, quanto menor for o tamanho da partícula maior será a superfície de exposição ao oxigênio e conseqüentemente menor o tempo de compostagem.

Continua......

Fonte: http://www.resol.com.br/cartilha8/capitulo12b2.php

sábado, 22 de agosto de 2009

IBAMA

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, conforme art. 2o da Lei no 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, com a finalidade de: (Redação dada pela Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007). Tem como principais atribuições exercer o poder de polícia ambiental; executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental; e executar as ações supletivas de competência da União de conformidade com a legislação ambiental vigente.” (NR).

Estrutura

O Ibama tem autonomia administrativa e financeira, sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional, e é administrado por um presidente e por cinco diretores. Sua estrutura organizacional compõe-se de: Presidência; Diretoria de Planejamento, Administração e Logística; Diretoria de Qualidade Ambiental; Diretoria de Licenciamento Ambiental; Diretoria de Proteção Ambiental; Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas; Auditoria; Corregedoria; Procuradoria Federal Especializada; Superintendências; Gerências Executivas; Escritórios Regionais; e Centros Especializados.

Atribuições

Cabe ao IBAMA propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental; o zoneamento e a avaliação de impactos ambientais; o licenciamento ambiental, nas atribuições federais; a implementação do Cadastro Técnico Federal; a fiscalização ambiental e a aplicação de penalidades administrativas; a geração e disseminação de informações relativas ao meio ambiente; o monitoramento ambiental, principalmente no que diz respeito à prevenção e controle de desmatamentos, queimadas e incêndios florestais; o apoio às emergências ambientais; a execução de programas de educação ambiental; a elaboração do sistema de informação e o estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos recursos faunísticos, pesqueiros e florestais; dentre outros.

Articulação

Para o desempenho de suas funções, o Ibama poderá atuar em articulação com os órgãos e entidades da administração pública federal, direta e indireta, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios integrantes do Sisnama e com a sociedade civil organizada, para a consecução de seus objetivos, em consonância com as diretrizes da política nacional de meio ambiente.


FONTE: http://www.ibama.gov.br/patrimonio/

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Créditos de Carbono

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas.

Há várias empresas especializadas no desenvolvimento de projetos que reduzem o nível de gás carbônico na atmosfera e na negociação de certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento, que em geral emitem menos poluentes, para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.


Os volumes do Mercado de Carbono têm estimativas das mais variadas, e na maior parte das matérias publicadas pela imprensa os índices não batem. Cada fonte indica um dado diferente, vai desde U$ 500 milhões até US$ 80 bilhões por ano - os analistas de investimentos consideram o volume estimado pelos especialistas insignificante, comparado com alguns setores que giram volumes equivalente num mês.



COMO O BRASIL ESTA NESSA?


Acontece que, no caso do Brasil, como também no da África, é exigida uma série de certificações e avais em função dos riscos de crédito, por todas as questões de credibilidade: o chamado “Risco Brasil”. O Brasil não é considerado no mercado internacional um bom pagador. Já tivemos escândalos financeiros que assustaram investidores sérios, atraindo ao país investimentos de curtíssimo prazo, capital especulativo e volátil, além dos chamados farejadores das Ilhas Cayman, que adoram negócios “nebulosos” para ancorar as operações de lavagem de dinheiro. Tudo isso entra na contabilidade dos empréstimos internacionais, e o risco que corremos é de acontecer de o dinheiro com taxa baixa ou a fundo perdido chegar na mão do pequeno com taxas altíssimas. Não se deve esquecer ainda da vulnerabilidade deste indivíduo diante de contratos complexos, projetos duvidosos e pressões de especuladores, interessados em comprar terras abaixo do preço do mercado para se credenciarem a esses investimentos.

Existem grandes diferenças entre as CDMs e as commodities ambientais. Os CDMs ou MDLs (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) em síntese, são alternativas que implicam em assumir uma responsabilidade para reduzir as emissões de poluentes e promover o desenvolvimento sustentável. Trata-se de um mecanismo de investimentos, pelo qual países desenvolvidos podem estabelecer metas de redução de emissões e de aplicação de recursos financeiros em projetos como reflorestamentos, produção de energia limpa. As empresas, por exemplo, ao invés de utilizar combustíveis fósseis, que são altamente poluentes, passariam a utilizar energia produzida em condições sustentáveis, como é o caso da biomassa. Existe, enfim, uma gama enorme de projetos ambientais e operações de engenharia financeira que podem ser desenvolvidos no Brasil, proprietário das sete matrizes ambientais. (água, energia, biodiversidade, madeira, minério, reciclagem e controle de emissão de poluentes - água, solo e ar)

Nem todo projeto de CDM gera necessariamente uma “commodity tradicional” e muito menos uma “commodity ambiental”. Explico: a troca de créditos de cotas entre países desenvolvidos, que estabelecem limites de “direitos de poluir” (Joint Implemetation e Emission Trading), pode ser transformada em títulos comercializáveis em mercados de balcão (contratos de gaveta - side letters), ou em mercados organizados (Bolsas, Interbancários, Intergovernamentais, etc). Mas afirmar que poluição é mercadoria é um absurdo conceitual e chamá-la de “commodity ambiental” é uma contradição.

Em primeiro lugar, a poluição não pode ser considerada mercadoria, ainda mais quando se deseja eliminá-la. Em segundo, não serão os pequenos produtores os contemplados nesta troca, porque ela é realizada entre grandes corporações nacionais e transnacionais. Além disso, só é possível realizar tais trocas em um mercado fortemente globalizado, já que esses títulos migrarão de um país para o outro com a mesma velocidade que migram os investimentos globalizados, num círculo restrito de países mais ou menos desenvolvidos, o que vai contra todas as reivindicações do Fórum Social Mundial realizado no Rio Grande do Sul.

Se de um lado as commodities ambientais têm como seu principal diferencial o modelo da pirâmide, no qual os contemplados pelos recursos financeiros devem diretamente ser os excluídos, o trading emission (compra e venda de créditos de carbono) atendem ao tradicional modelo das operações financeiras que todos nós já estamos cansados de conhecer. Ele apenas repete um mecanismo já explorado, com a agravante de ser falacioso, trazendo o argumento ambiental e causando confusão de conceituação.

Mas o CDM pode e deve ser aplicado ao conceito “commodities ambientais”, observadas duas condições: se o projeto de controle de emissão de poluentes estiver gerando uma “commodity” como energia (biomassa), madeira, biodiversidade, água, minério, reciclagem, e se o modelo vier a promover a geração de emprego e renda e financiar educação, saúde, pesquisa e preservação de área protegidas. Em outras palavras, ela precisa também atender às reivindicações do movimento ambientalista e de grupos de direitos humanos, engajados nesta luta ingrata para preservar o meio ambiente. Nesse sentido, um projeto de reflorestamento com pinus e eucalipto não pode invadir uma área como Amazônia, ainda que a comunidade científica prove com todos os meios que pinus e eucaliptos captam mais carbono do que uma floresta nativa.

Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./noticias/index.php3&conteudo=./noticias/amyra/creditos.html

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SISNAMA

O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, e tem a seguinte estrutura:


* Órgão Superior: O Conselho de Governo

* Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

* Órgão Central: O Ministério do Meio Ambientel - MMA

* Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA

* Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;

* Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;


A atuação do SISNAMA se dará mediante articulação coordenada dos Órgãos e entidades que o constituem, observado o acesso da opinião pública às informações relativas às agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA.

Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a regionalização das medidas emanadas do SISNAMA, elaborando normas e padrões supletivos e complementares.

Os Órgãos Seccionais prestarão informações sobre os seus planos de ação e programas em execução, consubstanciadas em relatórios anuais, que serão consolidados pelo Ministério do Meio Ambiente, em um relatório anual sobre a situação do meio ambiente no País, a ser publicado e submetido à consideração do CONAMA, em sua segunda reunião do ano subsequente.


Fonte: www.mma.gov.br/port/conama/estr1.cfm


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Poluição Visual

A poluição visual pode ser definida como os efeitos danosos resultantes dos impactos visuais causados por determinadas ações e atividades, a ponto de: prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população; criar condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetar desfavoravelmente a biota; afetar as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente.

Em forma de poluição se apresenta através das pichações, da disposição inadequada do lixo, da extensão de redes aéreas, dos monumentos mal cuidados, bem como, pelo elevado número de cartazes publicitários, placas, painéis e letreiros, os quais se multiplicam pela cidade encontrando-se espalhados por todos os cantos e paredes, com propagandas das mais diversas origens que acabam por agredir, de uma forma ou de outra às outras pessoas, gerando diversos malefícios.

Além da responsabilidade civil e administrativa, entendemos que todo tipo de poluição visual é crime passível de punição, posto que, dependendo de sua forma exteriorização, pode afetar diretamente a segurança pública, o patrimônio cultural, a saúde mental do cidadão, etc. Igualmente, entre os crimes de poluição, entendemos que a poluição visual constitui evento de menor potencial ofensivo, devendo o causador desta forma de poluição receber uma pena mais leve, ligada sempre à obrigação de custeio de medida educativa ambiental.

De qualquer forma, observamos que apenas alguns aspectos da matéria da poluição visual encontram-se inseridos na Lei dos Crimes Ambientais, como, por exemplo, no art. 65 que estipula pena de até 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa para quem pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano.

A Poluição Visual no Brasil é combatida basicamente de forma indireta, ou seja, através de limitações administrativas estabelecidas para publicidade comercial (Código de Posturas Municipais, regulamentos específicos sobre publicidade, etc.) e política (Lei eleitoral). Tal fato dificulta a avaliação acerca de determinada conduta a ponto de se estabelecer se a atividade importa, ou não, em poluição visual.

Além disso, a responsabilização dos agentes que produzem a poluição visual é complexa, seja no aspecto civil, penal ou administrativo, uma vez que a configuração da poluição visual envolve em grande parte dos casos a avaliação de elementos caracterizados por expressivo grau de subjetividade, os quais variam de acordo com as concepções estéticas e costumes locais.

A poluição visual nas grandes metrópoles brasileiras tem avançado excessivamente nos últimos anos. Desta forma, é muito importante que sejam estabelecidos parâmetros objetivos para sua aferição - a serem fixadas em Resoluções de Conselhos de Meio Ambiente, bem como nos disciplinamentos administrativos dos Órgãos executores da política ambiental - a fim de facilitar o seu controle e a responsabilização dos infratores.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1745069-poluicao-visual/

domingo, 16 de agosto de 2009

Controle Ambiental

Atenção pessoal, após 2 meses sem computador - que tortura, nada de posts e pesquisas :( - voltei.
Então vamos lá!


A palavra controle tem origem no latim roulum, em francês rôle, designando o rol dos contribuintes pelo qual se verificava a operação do arrecadador. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa o controle significa ato ou efeito de controlar, e ainda, monitoração, fiscalização ou exame minucioso, que obedece a determinadas expectativas, normas, convenções, etc. Tal termo é usado habitualmente na administração, sendo uma das funções que compõem o processo administrativo. Ao ser incorporado a ciência ambiental não perde seu significado, pois a função controlar consiste em averiguar se as atividades efetivas estão de acordo com as atividades que foram planejadas. Segundo Oliveira (2005, p.427) controlar é comparar o resultado das ações com padrões previamente estabelecidos, com a finalidade de corrigi-las se necessário.

Pensar em controle de forma ambiental é lembrar de que devem haver registros, limites e direção. Para se executar um projeto ambiental, devem-se levar em consideração as etapas do controle ambiental e ter os devidos cuidados com o desenvolvimento do que foi planejado, sua aplicabilidade e, principalmente sua manutenção.

Desta forma, o licenciamento, a fiscalização e o monitoramento são peças fundamentais para a gestão territorial e juntas formam o controle. Tais peças utilizam três instrumentos importantes: controle prévio, fiscalização e punitivo. Eles servem para orientar intervenções no meio ambiente, acompanhar o cumprimento das normas e sancionar intervenções danosas ao meio ambiente, respectivamente.

Licenciamento e autorização, Estudo de Impacto à Vizinhança (EIV) e Estudo de Impacto Ambiental (EIA) são exemplos de instrumentos de controle prévio. Os Autos de Intimação e Infração, Laudo de Vistoria Administrativa e Termo de Conduta são os de fiscalização. Já os punitivos encontram-se nas esferas administrativa (multas), civil (reparação econômica) e penal (detenção). A aplicação de cada instrumento depende dos problemas causados ao meio ambiente que variam do licenciamento da construção de um empreendimento imobiliário, irregularidades perante a legislação urbana até degradação ambiental.

No Estado de Pernambuco o instrumento ambiental é visto na Lei nº. 12.916, de 08 de novembro de 2005, no primeiro capítulo e no parágrafo único do mesmo capítulo, a CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) aparece como órgão competente a aplicar tais instrumentos, além de licenciar, controlar e fiscalizar.

Como lembra o conceito de desenvolvimento sustentável, “atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (Nosso Futuro Comum, 1991). É nesta congruência entre necessidade e limitações que se faz necessário a aplicação do controle ambiental para que as necessidades básicas sejam atendidas e sejam dadas oportunidades de concretizar aspirações de uma vida melhor. Não esquecendo de manter os padrões de consumo, seguindo as normas estabelecidas, respeitando o território a que se trabalha em suas particularidades além de pensar em todas as consequências implícitas nas ações tomadas.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Oração da Natureza

Gente, sou cadastrada na lista de discussão sobre o Bioma da Caatinga e olhem o que mandaram hoje por email.
Abs e bj em todos e até mais !



ORAÇÃO DA NATUREZA

Pai, permita-me contemplar a natureza de maneira limpa e conservada.

Dê-me força e coragem para distinguir os efeitos maléficos para as coisas da sua criação.

Encorage-me para lutar pela educação levando o testemunho do bom combate contra os desmanches naturais.

Mostre-me meios de enfrentar o capitalismo selvagem da transformação sem reposição onde o natural perde com a biotecnologia.

Pai, afaste de mim as tentações do modernismo poluidor.

Arme-me com instrumentos executadores de marcas recicláveis para o bem estar dos futuros promotores da paz mundial.

Professor Bonzinho


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ooooiiiiiiii!!!!!!

Demorei, mas voltei!
E digo logo, cheia de novidades.
Posterei uma de cada vez e se meu pc deixar, ele tá muito louco!
Mas, enfim....
Adianto que participei de uma Semana do meio Ambiente sobre a Amazônia, depois fui para um Encontro de Educação Ambiental na Paraíba, além das minhas aulas na Faculdade e as disciplinas que pago no mestrado como ouvinte. Espero que esse ano consiga passar =)

Bom, vou postar sobre tudo isso aos poucos,sei que estou devendo e que a natureza não espera, então....



Vamos lá!!!

domingo, 31 de maio de 2009

"Xixi no Banho", como assim?

A proposta visa mobilizar as pessoas para a preservação do meio ambiente e mostrar que uma descarga evitada por dia, resulta na economia de 4.380 litros de água potável por ano.

A F/Nazca Saatchi & Saatchi acaba de criar a campanha para divulgação da quinta edição do Viva a Mata - mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica, promovido pela Fundação SOS Mata Atlântica, que acontece entre os dias 22 e 24 de maio, das 09h às 18h, na Marquise e Arena de Eventos do Parque Ibirapuera, em São Paulo. A campanha intitulada “Xixi no Banho” tem em sua proposta levar para o público em geral, de maneira mais descontraída, como um simples ato pode contribuir com a preservação do meio ambiente, ou seja, economizando água.

De acordo com o diretor de Mobilização da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, para esta edição do Viva a Mata, a Fundação quer chamar a atenção da sociedade de uma maneira mais simples e divertida, mostrando como pode ser fácil colaborar com a floresta mais ameaçada do País, a Mata Atlântica. “Em período de crise financeira, em que se ouve muito ‘não’ para tudo, este ano quisemos levar o ‘sim’ para o cotidiano das pessoas, incentivando que todos façam xixi no banho. O meio ambiente agradece a quantidade de água poupada em cada descarga, que chega a 12 litros. Uma descarga por dia corresponde a 4.380 litros de água por ano”, ressalta Mantovani.

Somente em São Paulo poderia ser economizado mais de 1.500 litros de água por segundo. Uma informação importante para aqueles que têm dúvida se é uma prática higiênica: o xixi é composto 95% de água e 5% de outras substâncias como uréia e sal.
Com criação de Eduardo Lima e João Linneu, direção de criação de Fábio Fernandes e Eduardo Lima, para a criação da parte online Henrique Lima e Julio Zukerman, direção de criação de Fábio Fernandes e Fábio Simões, a campanha conta com peças de anúncios, filme, site (www.xixinobanho.org.br), spot e ações de mídia exterior.

Campanha solidária
A FNazca trabalhou voluntariamente para a produção desta campanha e ela também será divulgada graças à cessão de espaços sem custo por veículos como TV Globo, Play TV, TNN/CNN , Sony, SBT, MTV, Rede Tv, Record, Record News e Discovery Channel; Rádios: Eldorado eAlpha Fm; Revista Terra da Gente e jornais: Jornal Trem ABC, Jornal da Linha, Sul, Metronews, Gazeta Mercantil e Diario Gde ABC.

Fonte:
http://www.clickarvore.com.br/index.php?page=noticias&id=139

Demorei um pouco, mas voltei.
Pessoal, essa é uma campanha maravilhosa. Para quem não conhece, visite também o site deles, é bem explicativo, vc pode tirar dúvidas e entender melhor como funciona.
Quem nunca fez xixi durante o banho? Agora, que tal praticar e ajudar a diminuir o desperdício de água?Tem um porém, pra quem gosta de fazer xixi durante o banho e não tomar um banho que dê suficientemente para diluir toda uréia, é bom colocar um desinfetante pq ninguém merece entrar em um tanque de banho com cheiro de xixi =( Vamos pensar no nosso planeta e utilizar os recursos de maneira sustentável.
Eu quero que meus descendentes aproveitem as maravilhas que eu pude aproveitar, e vc?
Pense nisso!!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Manejo de Unidades de Conservação

Entende-se o termo manejo como um conjunto de intervenções que promovam a conservação biológica, incluindo inventários, planejamento de usos, criação e implantação de Unidades de Conservação e ações coordenadas que viabilizem a sua manutenção como um todo.

O manejo de unidades de conservação é o conjunto de ações e atividades necessárias ao alcance dos objetivos de conservação de áreas protegidas, incluindo as atividades afins, tais como proteção, recreação, educação, pesquisa e manejo dos recursos, bem como as atividades de administração ou gerenciamento. O termo gestão de uma unidade de conservação pode ser considerado sinônimo de manejo da mesma.

Para a conservação da biodiversidade, principalmente em unidades de conservação, há necessidade de objetivos básicos de manejo:

* preservar a biodiversidade biológica;
* preservar e/ou restaurar amostras dos diversos ecossistemas naturais;
* proteger espécies raras, endêmicas, vulneráveis ou em perigo de extinção;
* propiciar fluxo genético entre áreas protegidas;
* preservar recursos de flora e/ou fauna;
* manejar recursos de flora e/ou fauna;
* proteger paisagens e belezas cênicas notáveis;
* proteger sítios naturais com características abióticas excepcionais;
* proteger bacias e recursos hídricos;
* incentivar pesquisa científica e estudos;
* proporcionar educação ambiental;
* proporcionar turismo ecológico e recreação em contato com a natureza;
* contribuir para o monitoramento ambiental;
* incentivar o uso sustentável de recursos naturais da conservação;
* servir de zona-tampão para áreas mais rigidamente protegidas;
* preservar provisoriamente áreas para uso futuro.

Os objetivos de conservação da natureza são múltiplos, entretanto há de se considerar os distintos tipos de unidades de conservação. Prioritariamente há determinados objetivos que poderão ter maior ou menor significados para a preservação dos ecossistemas naturais.

Para saber mais:

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./snuc/index.html&conteudo=./snuc/manejo.html

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CONAMA, o que é?

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90.

O CONAMA é composto por Plenário, CIPAM, Grupos Assessores, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho. O Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é exercida pelo Secretário-Executivo do MMA.

O Conselho é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil.

As Câmaras Técnicas são instâncias encarregadas de desenvolver, examinar e relatar ao Plenário as matérias de sua competência. O Regimento Interno prevê a existência de 11 Câmaras Técnicas, compostas por 10 Conselheiros, que elegem um Presidente, um Vice-presidente e um Relator. Os Grupos de Trabalho são criados por tempo determinado para analisar, estudar e apresentar propostas sobre matérias de sua competência.

O CONAMA reúne-se ordinariamente a cada 3 meses no Distrito Federal, podendo realizar Reuniões Extraordinárias fora do Distrito Federal, sempre que convocada pelo seu Presidente, por iniciativa própria ou a requerimento de pelo menos 2/3 dos seus membros.

Para saber mais sobre o CONAMA

Acesse: http://www.mma.gov.br/port/conama/estr.cfm

terça-feira, 26 de maio de 2009

Resenha sobre Ecoturismo

Texto: Cenário do Ecoturismo ( Patrício Melo Gomes)


As técnicas modernistas ocidentais trouxeram à tona a separação dos conceitos de natureza e cultura. A valorização da cidade como espaço de vivência tornou-se um peso para o indivíduo, e é em busca do campo que ele sai deste mundo conturbado, se refugia e mascara a realidade. Desta forma, pode-se explicar a movimentação atual em busca de práticas turísticas mais naturais.


No entanto, a busca frenética pelo natural não serviu apenas como “válvula de escape” às adversidades do urbano, mas serviu para despertar no indivíduo uma importância a respeito do ambientalismo e cuidado com áreas naturais que ainda restam no planeta. E assim, o ecoturismo faz surgir naqueles que o buscam, o sentimento de valorização do natural, celebração ao meio. Em suma, a “viagem ecoturística” seria um modo de tornar possível “(re)surgirem formas de perceber a natureza que privilegiem a compreensão de sua grandeza e significado para o homem” (Gomes apud Silveira, 1992:50).


Não se pode esquecer da relação existente entre o Ecoturismo e o Ambientalismo que é de mutualismo, em que o ecoturismo aparece como forma de instrumentalizar ações voltadas para conservação dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável.


Ao pensarmos na palavra ECOTURISMO, nos deparamos com inúmeros questionamentos, o que é; como surgiu; o que segue e, estes questionamentos fazem com que se tenha uma idéia errada do que possa ser esta nova linha de se fazer turismo. Então, como o Ecoturismo pode ser definido? Segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, do patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas. Mesmo sendo tão discutido o que realmente diferencia o Ecoturismo do Turismo convencional (de massa), é que o caráter responsável de sua prática favorece o cumprimento dos princípios básicos da sustentabilidade.


Dentro do comportamento encontrado nos moldes da atual esfera, este segmento surge para estabelecer alternativas para o campo da sustentabilidade, contrapondo-se ao turismo convencional, apesar de que alguns autores discordam e são bem críticos a respeito de tal prática. O que na verdade é bastante discutido entre os autores que criticam esta linha é o que pode ser considerado como sustentável dentro do ecoturismo. Já que a sustentabilidade apresenta-se como um conceito livre para inúmeras interpretações, deixando espaços para que cresçam dúvidas sobre os discursos ecoturísticos.


Comumente ele pode ser confundido ou (re)nomeado com termos como: Turismo Alternativo, Turismo Ambiental, Turismo Antropológico, Turismo Científico,Turismo Cultural,Turismo de Aventura, Turismo de Baixo Impacto, Turismo de Natureza,Turismo de Selva, Turismo Ecológico,Turismo Étnico, Turismo Responsável,Turismo Rural,Turismo Sustentável e Turismo Verde. (Fonte: Ecobrasil, 2006).

A diferença existente entre os vários nomes dados a esta prática faz com que os agentes promotores desta atividade tenham compreensões distintas a respeito do seu significado. E esta confusão, se dá principalmente, por esses agentes que acabam dispondo das diversas representações sobre o natural e cultural, que nada mais são que elementos inerentes à viagem ecoturística.


Todavia o ecoturismo como fenômeno complexo pode ser encarado de diversas maneiras, mesmo sendo focado em atividades que extrapolem apenas o desfrute a natureza e sim a sua contemplação. Esta prática consegue estabelecer uma nova relação entre o homem e o natural, no entanto não consegue firmar bem as relações existentes entre os homens em si.


A maneira como turismo em massa se apresenta hoje, muitas vezes repetitivo e pouco atrativo, já que as pessoas acabam encontrando os mesmo meios, como venda apenas de sol e praia, acabam por sentir falta de algo que o sossegue e, muitas vezes, inspire reflexões a respeito do espaço, como fusão de natural e cultural.


O que pode ser visto, é que o ecoturismo como novo segmento buscando novas formas de unir o homem ao natural, se preocupa em sensibilizá-lo a respeito do ambiente, identificando suas potencialidades de modo a assegurar um aproveitamento que não prejudique o meio e garanta sua perpetuação por aqueles que possam conhecê-lo verdadeiramente. Assim, esta prática assume uma grande responsabilidade, não só para com o natural, mas também como atividade formadora de opinião e crescimento social.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Qual a diferença entre Resíduo Sólido e Lixo?

Eu sei, pessoal, estou eu aqui falando sobre resíduos novamente. Mas, é preciso que todos aprendam a cuidar dos seus passivos ambientais ou nosso ambiente será um próprio passivo!

Algumas pessoas ainda tem dificuldade em saber a diferença entre estas nomenclaturas. Será que são diferentes mesmo?


Bem,


Resíduos Sólidos - são materiais heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais. Os resíduos sólidos constituem problemas sanitário, ambiental, econômico e estético. Gerado por processos de diversas atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e ainda da varrição pública. Além dos sólidos, os resíduos ainda podem se apresentar nos estados gasoso e líquido.

Ficam incluídos nesta definição tudo o que resta dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou aqueles líquidos que exijam para isto soluções técnicas e economicamente viáveis de acordo com a melhor tecnologia disponível.

Lixo - é todo o tipo de material desnecessário, não aproveitável ou indesejado, originado no processo de produção e consumo de produtos úteis; Ao final, percebe-se que só há diferença na nomenclatura, eles querem dizer a mesma coisa!


Fique sabendo!!!


A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa "cinza". No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas.


Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.



Este é um dos maiores problemas para a humanidade, apesar de ser a própria sociedade que produz todo o lixo. Cada pessoa durante toda a sua vida, produz em média 25 toneladas. Esses resíduos, se não tiverem uma coleta e destinação final adequadas, causarão uma grande degradação ao meio ambiente e à população em geral.


Fonte: Projeto PET nas Escolas, 2006.