terça-feira, 29 de setembro de 2009

Embalagens Refil: fique de olho nessa nova onda!

O grande desafio mundial de diminuir o impacto ambiental começa a ganhar contornos mais definidos com as embalagens refiláveis, entre outras soluções renováveis. Grandes empresas de produtos de limpeza, de cosméticos, produtos de maquiagem e produtos de higiene, com suas embalagens plásticas passam a aderir ao movimento em busca de soluções de menor impacto ao meio ambiente. De outro lado fornecedores de embalagens buscam tecnologias e design diferenciado para atender a este mercado. Quem sai ganhando é o consumidor, que está pagando menos por refis de embalagens mais sofisticadas, minimizando o impacto econômico, ecológico e até emocional, na medida em que ele se sente menos culpado pelos estragos que o seu consumo possa causar ao meio ambiente.

“Os materiais empregados devem ser os mais baratos possíveis a fim de atingir o objetivo de uma embalagem mais econômica. Os mais utilizados são o PE e PP facilmente recicláveis. Em geral as dificuldades estão em produzir peças com paredes finas”, diz Jefferson Pelissaro, responsável pela área de desenvolvimento da Ab Plast.

No Brasil, quem saiu na frente foi a Natura em 1983 quando introduziu no mercado sua embalagem refilável para o sabonete de erva-doce, com o conceito ecologicamente sustentável dos 3Rs – redução, reutilização e reciclagem.

Na prática aumentou a vida da embalagem e vantagem econômica para o consumidor, que aceitou bem a idéia. Dados disponíveis mais recentes da empresa constatam que 19,8% do faturamento da empresa em 2006 veio da venda de refis. “E esse número vem crescendo, mesmo nas vendas internacionais”, diz Luciana Villa Nova, gerente de Desenvolvimento de Embalagem da Natura, que constantemente estimula suas consultoras de beleza a atuarem como multiplicadoras dos conceitos de responsabilidade socioambiental e consumo consciente.

Para a empresa o custo dos refis fica entre 20 e 30% do valor do produto regular. “Calculamos o custo do produto, da embalagem, dos recursos humanos para o processo industrial e depois a margem. Às vezes não é tão barato e acaba custando um pouco mais, mas mantemos no cálculo esse custo de 20%, porque o consumidor se sente valorizado”, afirma a gerente.

Para o meio ambiente todo ganho é sempre bem vindo. O refil consome em média 30% menos recursos naturais do que a embalagem regular, de acordo com a Natura, que tem atualmente 146 produtos em linha com embalagens refiláveis, entre as linhas Ekos, de produtos para o corpo com ativos da biodiversidade brasileira, as linhas de maquiagem Natura Diversa e Faces, a linha corporal e também facial Erva Doce, entre outras. Os materiais vão de alumínio reciclável, potes e canecas com rosca, sombras em tabletes e frascos em PET 30% reciclável.

De acordo com cálculos da Natura o refil da base corretiva, com impacto ambiental 72% menor que a embalagem regular. O refil do blush também tem a mesma redução. O do batom impacta 71% menos o meio ambiente, enquanto no refil do duo de sombra essa redução é de 68% com tabletes em alumínio totalmente recicláveis.

“A situação ideal seria utilizar materiais recicláveis e biodegradáveis. No entanto, a dificuldade dos biopolimeros - polímeros de origem vegetal – é que eles são uma tecnologia recente, que o mundo todo está estudando, assim como nós. Há muitos desafios ainda”, diz Luciana Villa Nova.

A americana Avon, concorrente da empresa em venda direta no país, acaba de lançar a linha liiv botanicals, com dois produtos que oferecem refis para as consumidoras, em concordância com o posicionamento da linha: o Gel Facial Revitalizante Noite, e o Creme Facial Revitalizante FPS20 Dia, ambos com o preço regular de R$32,00 e refil por R$ 22,00.

Não é a primeira linha de produtos da empresa a oferecer refis aos consumidores. O sabonete cremoso da linha Erva Doce e a base compacta de múltipla ação da linha de Maquiagem Avon também oferecem refis. “É uma maneira de gerar mais acessibilidade dos consumidores aos produtos, uma vez que a Avon busca a democratização da beleza”, diz Ricardo Patrocínio, diretor de Marketing de Cosméticos da Avon Brasil.

A franqueadora paranaense O Boticário também oferece produtos com refil aos seus consumidores desde 1999, com a linha de Tratamento Facial da marca. “A opção foi para permitir ao consumidor que continuasse utilizando o produto, despendendo menos recursos do que com uma nova embalagem completa e para a redução do consumo de material e conseqüente diminuição do impacto ambiental”, diz Renata Barini – Gerente de Desenvolvimento de Embalagens do Boticário.

A empresa utiliza refis para a linha de tratamento facial VitActive com canecas para os potes e na Linha de Maquiagem o Boticário, com bandejas de sombras que podem ser montadas na embalagem principal e o blush Soft Blush acaba de ser apresentado em embalagem refilável, seu preço regular é de R$ 63,90. O refil custa R$39,90.

“As embalagens refiladas, especialmente para a maquiagem proporcionam ainda grande agilidade nos lançamentos sasonais do Boticário e permitem ainda que as consumidoras estejam sempre atualizadas com as cores das estações”, ressalta Renata Barini.

Da mesma forma a alemã ArtDeco que traz sua linha de maquiagem ao país, oferece, desde a sua fundação em 1985, sombras, blush, base (Doublé Finish) e pós em embalagens cujo conteúdo vem em pastilhas magnéticas que podem ser trocadas, conforme o gosto e a necessidade do consumidor. A marca tem embalagem para até 10 tonalidades refiláveis de sombras.

“As embalagens acabam tendo uma vida útil maior porque conseguimos aproveitar o conjunto muito mais. Num produto convencional os produtos terminam e a embalagem é jogada fora”, diz Claudia Duarte, gerente da marca ArtDeco, da Frajo, distribuidora da marca no país. De acordo com ela o consumidor final economiza até 30% com a embalagem refil. “O segundo ponto é a customização, com produtos cada vez mais feito sob medida. O atendimento das necessidades de cada mulher é um dos princípios que direcionam o conceito da marca”, ressalta Cláudia.

Fornecedores

São as grandes empresas que vem desafiando o mercado de fornecedores de embalagem a desenvolver e a produzir cada vez mais e com maior tecnologia embalagens refiláveis.

Com fábrica no país há menos de cinco anos, a Rexam produz embalagens refiláveis para Natura e Boticário. Para ambas a empresa produz embalagens refiláveis de maquiagem. Um dos destaques da empresa foi o desenvolvimento do batom refilável da Natura. "Nesse caso, o próprio mecanismo montado com a bala do batom é utilizado como refil", diz Alexandre Trimigliozzi, coordenador de contas da Rexam do Brasil. O outro é a embalagem da base líquida um frasco plástico que é montado e desmontado sob uma capa rígida no formato de um frasco, sem fundo.

A empresa produz quatro tipos de embalagem refilável: click, que tem como referência tampas de baterias dos controles remotos; interferência, quando duas peças são montadas utilizando-se as diferenças dimensionais entre as áreas que irão se encaixar, ou seja, a peça com uma região de dimensão maior encaixa-se de forma forçada em outra peça com uma região de dimensão menor e rosca, acoplamento entre duas peças tipo tampa e gargalo de frascos para líquidos e pressão quando duas peças necessitam de força mecânica para serem acopladas uma à outra.

“Na concepção de um refil, as maiores preocupações são a facilidade de transferência do conteúdo, custo e transporte, resultando em modelos específicos para cada caso”, avalia Jefferson Pelissaro, responsável pela área de desenvolvimento da Ab Plast, fornecedora de alguns porta-refil de maquiagem, canecas para potes e tampas para bala do batom para Natura. Os refis podem ser do tipo frasnagas com bico, saches, canecas para potes, insertos para maquiagem, etc. “A diferença está no objetivo, aponta, há também os de paredes mais finas para minimizar custos e facilitar o aproveitamento do conteúdo”.

“Não é complicado. O importante saber no início do projeto, porque já temos ferramentas, formas de encaixar para o público. Normalmente fazemos para não sair, mas quando é refil precisa fazer de maneira fácil a montagem e desmontagem várias vezes”, Maurício Carini Gerente Comercial da Aptar B&H Embalagens MBF Embalagens LTDA.

A Vulcan, fabricante de filmes e laminados de PVC, em embalagens plásticas flexíveis aposta no SoftPack, um sachê confeccionado a partir de bobinas técnicas de filme de PVC, especialmente voltado ao uso como refil para embalagens rígidas de cosméticos. Entre suas características estão a de poupar espaço na estocagem, gôndolas, na despensa do consumidor e no descarte. São ideais para sabonetes líquidos, normalmente comercializados em frascos com válvulas pump, portanto mais caros.

A história dos refis e materiais biodegradáveis está apenas começando e a indústria cosmética deve lançar mão de todos os recursos, disponíveis ou não no mercado, para encontrar sua trajetória para contribuir com a redução do impacto ambiental e ficar de bem com seus consumidores.

Fonte: http://www.cosmeticosbr.com.br/conteudo/materias/materia.asp?id=1609
Autor: Sueli Ortega

domingo, 6 de setembro de 2009

EIA e RIMA, o que são?

O EIA - Estudo de Impacto Ambiental - propõe que quatro pontos básicos sejam primeiramente entendidos, para que depois se faça um estudo e uma avaliação mais específica. São eles:

1 - Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será feito e o tipo de material usado.

2 - Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísisco e/ou sócio-econômico) será modificado pela ação.

3 - Prever possíveis impactos no ambiente e quantificar as mudanças, projetando a proposta para o futuro.

4 - Divulgar os resultados do estudo para que possam ser utilizados no processo de tomada de decisão.

O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio Ambiente. São elas:

1 - Observar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, levando em conta a hipótese da não execução do projeto.

2 - Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação das atividades.

3 - Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos ( área de influência do projeto), considerando principalmente a "bacia hidrográfica" na qual se localiza;

4 - Levar em conta planos e programas do governo, propostos ou em implantação na área de influência do projeto e se há a possibilidade de serem compatíveis.

É imprenscindível que o EIA seja feito por vários profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto. Esta visão multidisciplinar é rica, para que o estudo seja feito de forma completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.

Já o RIMA - Relatório de Impacto Ambiental - é o relatório que reflete todas as conclusões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e possível de se compreender, ilustrado por mapas, quadros, gráficos, enfim, por todos os recursos de comunicação visual.

Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível ao público. Para isso, deve constar no relatório:

1 - Objetivos e justificativas do projeto e sua relação com políticas setoriais e planos governamentais.

2 - Descrição e alternativas tecnológicas do projeto ( matéria prima, fontes de energia, resíduos etc.).

3 - Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do projeto.

4 - Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da atividade e dos métodos, técnicas e critérios usados para sua identificação.

5 - Caracterizar a futura qualidade ambiental da área, comparando as diferentes situações da implementação do projeto, bem como a possibilidade da não realização do mesmo.

6 - Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relação aos impactos negativos e o grau de alteração esperado.

7 - Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.

8 - Conclusão e comentários gerais.

Deve-se lembrar que a SEMA (Secretaria do Meio Ambiente) fornece o Roteiro Básico para a elaboração do EIA/RIMA e a partir do que poderá se desenvolver um Plano de Trabalho que deverá ser aprovado pela secretaria.


Disponível em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/impacto.htm

sábado, 5 de setembro de 2009

Impacto Ambiental

Impacto Ambiental é a alteração no meio ou em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade. Estas alterações precisam ser quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas.

O objetivo de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o de avaliar as conseqüências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos ou ações, ou logo após a implementação dos mesmos.

Antes de se colocar em prática um projeto, seja ele público ou privado, precisamos antes saber mais a respeito do local onde tal projeto será implementado, conhecer melhor o que cada área possui de ambiente natural (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera) e ambiente social (infra-estrutura material constituída pelo homem e sistemas sociais criados).

O estudo para a avaliação de impacto permite que certa questão seja compreendida: proteção e preservação do ambiente e o crescimento e desenvolvimento econômico.

Muitas vezes podemos encontrar grandes áreas impactadas, ou até mesmo países e estados, devido ao rápido desenvolvimento econômico, sem o controle e manutenção dos recursos naturais. A conseqüência pode ser poluição, uso incontrolado de recursos como água e energia etc.

E também podemos encontrar áreas impactadas por causa do subdesenvolvimento, que traz como conseqüência a ocupação urbana indevida em áreas protegidas e falta de saneamento básico.

Avaliar para planejar permite que desenvolvimento econômico e qualidade de vida possam estar caminhando juntas. Depois do ambiente, pode-se realizar um planejamento melhor do uso e manutenção dos recursos utilizados.


Mais informações?

Disponível em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/impacto.htm.